27 novembro 2009

BPN

O Ministro das Financas, afirmou que não é possivel determinar os custos da operacão de nacionalizacão do BPN!

Será possivel?!

E nós sempre a pagar....

Fantástico!




116 pessoas passaram pelo auditoria da Biblioteca Municipal de Oeiras, e assistiram a um debate fantástico entre o Engenheiro Carlos Pimenta e o Engenheiro Pedro Sampaio Nunes, sobre a problemática da energia nuclear. Os dois oradores, numa primeira fase, defenderam as suas posições (primeiro, o Engenheiro Sampaio Nunes pelo Sim, depois o Engenheiro Carlos Pimenta pelo não) e depois responderam às perguntas colocada por uma plateia interessada, que congregava vários jovens militantes da JSD, mas também muitos independentes e outras pessoas interessadas. Chamou-me, particular atenção, um grupo de alunas que foi a esta actividade beber conhecimento para a elaboração do seu trabalho. A JSD, abriu-se ao exterior e foi verdadeiramente útil.

Mostrámos que é possível fazer-se bem. É possível fazer-se melhor. Depois desta iniciativa os padrões aumentaram substancialmente. Foi um debate de excelência, com os melhores do tema, uma moderação muito bem feita pelo David Silva, uma organização fantástica.

O Grupo “Ganhar uma Geração” cumpre. Depois da apresentação do Programa em Moscavide, com várias ideias para o Distrito e para a forma como deve funcionar uma Distrital, fez aqui uma grande iniciativa. Uma iniciativa que não é contra ninguém. Pelo contrário, é favor desta geração.

O Futuro, estou certo, encarregar-se-á de fazer justiça. Lisboa não pode esperar mais. Todos juntos, vamos ganhar o futuro, vamos Ganhar esta Geração!

26 novembro 2009

Debate sobre "Energia Nuclear" - "Ganhar uma Geração"



É hoje, às 21 horas. Contamos com todos para "Ganhar uma Geração" e é com este espírito que queremos começar. Debate sobre "Energia Nuclear" com Carlos Pimenta e Pedro Sampaio Nunes. Participa e traz um Amigo(a) também!
Juntos construiremos uma nova geração!

(Post elaborado pelo Pensare-Convidado:Bernardo Maria)

Newsletter N.º 10 da JSD Oeiras



(Post elaborado pelo Pensare-Convidado:Bernardo Maria)

22 novembro 2009

Mundial Futebol 2010

Depois dos Patricios, dos Lusitanos, dos Magriços, qual será a alcunha de 2010?

Os naturalizados?

21 novembro 2009

Actualidade de hoje escrita em 1896

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que
um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,

não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,
descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;

este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política,

torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,

incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,
iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,
e não se malgando e fundindo, apesar disso,
pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, 1896.

20 novembro 2009

Nova Etapa Pensare Jota



Com uma imagem renovada, foi inaugurada hoje uma nova etapa no Pensare Jota!

Esta nova imagem acompanhada de um conjunto de novidades que brevemente serão anunciadas, demonstra e confirma que cada vez mais o Pensare Jota é o local de excelência, o verdadeiro espaço de liberdade, de debate, troca de ideias,opiniões de Jovens Sociais Democratas!

Uma nova etapa, novos objectivos, novas metas a alcançar!

Obrigado a todos que têm lido, seguido e comentado o blog!

Tenho a certeza que nesta etapa ainda mais ousada e irreverente todos vão continuar a fazer deste o seu blog de eleição!

Cortes na publicidade em jornais hostis a Sócrates

Uma reportagem da revista “Sábado”, afirmando que o Estado, as empresas com capital público e as que têm dirigentes conotados com o Partido Socialista, cortaram publicidade em jornais que publicaram escândalos envolvendo o primeiro-ministro, José Sócrates, criou nova polémica política. Bloco de Esquerda, PSD e CDS-PP já exigiram explicações.

O Luís Campos Ferreira, deputado do PSD, exigiu a intervenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), enquanto o CDS-PP vai requerer a presença deste organismo na Assembleia da República, para analisar o porquê de os grandes perdedores da publicidade estatal em 2008 e 2009 terem sido os jornais que publicaram algumas das primeiras notícias sobre escândalos envolvendo Sócrates: o ‘Independente’, que noticou o caso Freeport antes das primeira eleições ganhas pelo líder do PS, o ‘Sol’, que publicou algumas das primeiras notícias da nova ronda do caso Freeport, e o ‘Público’, que trouxe para a praça pública as dúvidas sobre a licenciatura de Sócrates e as obras na Guarda assinadas pelo socialista, apesar de não ter sido o autor.

À ‘Sábado’, o director do jornal ‘Sol’, José António Saraiva, afirmou: “Uma pessoa do círculo próximo do primeiro-ministro e que conhecia muito bem a situação do jornal e a nossa relação com o banco BCP disse-nos que os nossos problemas ficariam resolvidos se não publicássemos a segunda notícia do Freeport”. O dossier do ‘Sol’ estava nas mãos de Armando Vara, vice-presidente do BCP que terá sido escutado pela Polícia Judiciária a discutir telefonicamente, com Sócrates, vários negócios relacionados com a comunicação social.

“Esta denúncia e este testemunho do director do jornal ‘Sol’, que diz claramente que recebeu um telefonema de fontes próximas do primeiro-ministro que se não publicasse mais notícias do caso Freeport haveria um banco que resolveria todos os problemas económicos do jornal Sol, é mais uma vez a prova de que meios de comunicação frágeis do ponto de vista económico são mais vulneráveis ao poder político”, declarou Luís Campos Ferreira.

Nós exigimos que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, em tempo útil, de forma cabal e eficaz, diga ao país o que se passa concretamente na relação entre alguns meios de comunicação social e o gabinete do primeiro-ministro”, afirmou.


O esclarecimento “é fundamental para todos vivermos mais descansados e termos a certeza de que vivemos num Estado de Direito democrático”, defendeu.

Noticia na integra aqui.

18 novembro 2009

Metade dos jovens sem trabalho vive no Norte

Taxa de desemprego atinge 11,6% na região, bem acima dos 9,8% registados a nível nacional.

Dos 89 mil jovens portugueses com até 25 anos de idade e desempregados, quase metade vivem no Norte, dizem dados do terceiro trimestre do Instituto de Estatística. No país, e no Norte, o desemprego continua a disparar.

São sobretudo atingidos os mais novos e os mais velhos. Menos de um terço das pessoas com mais de 45 anos vive no Norte, mas isso não impede que seja aí que se encontram 43% dos desempregados dessa idade. Da mesma forma, a região tem o maior número de desempregados com o ensino superior completo, apesar de não ser aí que se encontra a maioria dos licenciados.
Estes indicadores mostram uma tendência genérica: se o desemprego continua a agravar-se em todo o país, é a Norte que a situação se mostra mais preocupante. Aí, a taxa disparou para os 11,6%, a mais alta de Portugal. Em boa parte do país, aliás, a taxa já alcançou os dois dígitos: 10,3% para Lisboa e o Algarve e 10,2% no Alentejo. Bem abaixo estão o Centro (7,2%) e as ilhas (Madeira com 7,9% e Açores com 6,2%, a mais baixa a nível nacional).
Existem agora 548 mil pessoas sem trabalho, no país, o que resulta numa taxa de desemprego de 9,8%, bem acima dos 7,7% registados na mesma altura do ano passado. No Norte, há 228 mil trabalhadores sem lugar no mercado laboral.

Entre o terceiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, perderam o trabalho 114 mil pessoas, ao ritmo de 422 novos desempregados por dia.
Globalmente, o nível de habilitações funcionou como uma protecção contra a falta de trabalho, já que o número de licenciados no desemprego até desceu, no país, face à mesma altura do ano passado. As listas do desemprego cresceram, mesmo, sobretudo à custa das pessoas que não passaram do nono ano e deixaram de estudar antes de terminar a escolaridade mínima obrigatória.
Mas quem trabalha nos sectores da indústria, construção e serviços sentiu a vida piorar, já que foi daí que saiu a maioria dos novos desempregados.
Emprego mais precário

Se o desemprego aumenta, o emprego está a ficar mais precário. O número de trabalhadores nos quadros das empresas e a tempo completo baixou, mas o de contratados a prazo até aumentou, mostrando que os empregadores preferem assinar este tipo de contratos quando admitem pessoal.
A precariedade e o desemprego exigem mais atenção da parte das autoridades, disseram à Lusa os partidos políticos e os parceiros sociais. Foi precisamente a colaboração destes últimos a pedida pela ministra do Trabalho, que se mostrou surpreendida por a taxa de desemprego estar tão alta. Helena André garantiu que as medidas de apoio ao emprego tomadas este ano se manterão em 2010.

16 novembro 2009

Debate sobre a "Evolução das Políticas de Juventude



A JSD Oeiras e o Blog Psicolaranja, convidam-te para o Debate "Evolução das Políticas de Juventude",dia 19 de Novembro pelas 21H00 na sede da JSD Oeiras com: Couto dos Santos e Pedro Duarte.
Não faltes!


Pensare-Convidado: Bernardo Maria

Não, o meu ego não tem fome.

Dia 26, vem ajudar a Ganhar uma Geração!

JSD Oeiras realizou a Festa do Magusto



Ontem, Domingo dia 15, a JSD Oeiras realizou a Festa do Magusto no Bairro Sá Carneiro em Caxias, a partir das 15h.

Durante toda a tarde tivemos com crianças, foi contada a História do Magusto, houve pinturas faciais, doces, modelagem de balões, brincadeiras etc.

Para os jovens e menos jovens, houve música, água-pé, castanhas e contacto com a população do Bairro, bem como com a Associação de Moradores.

www.jsdoeiras.com
www.jsdoeiras.blogspot.com

(Post elaborado pelo Pensare-Convidado:Bernardo Maria)

Convite


(carrega na imagem para visualizares melhor)

EU VOU, E TU?

15 novembro 2009

dia da lingua gestual portuguesa



hoje assinala-se o dia da lingua gestual portuguesa. A língua gestual portuguesa foi reconhecida há 12 anos. Criaram-se licenciaturas e escolas bilingues. E valorizou-se o papel dos intérpretes. O passo seguinte é divulgar a língua dos surdos junto da comunidade ouvinte.

Só e de lamentar, como ja defendi muitas vezes, que a lingua gestual não seja uma disciplina obrigatoria no 1º ciclo. De certeza que se fosse a nossa sociedade seria muito mais culta e evoluida. é com pequenos passos que a humanidade evolui.

ate ao proximo post
dri

12 novembro 2009

O primeiro passo...


Foi com agrado e alguma surpresa que recebi o convite do companheiro Hugo Sampaio para integrar a equipa de colaboradores do “Pensare Jota”. Uma equipa de qualidade inegável que se reflecte tanto ao nível das publicações como no aumento constante dos seus seguidores.

Este convite surge num tempo em que a Juventude Social-democrata, mais do que nunca, tem um papel fundamental no Partido de forma a conseguir definir o rumo certo e cativar tanto a Juventude Portuguesa como o País. Um período de reflexão e organização interna em que cada um terá uma palavra decisiva sobre o futuro do partido que, a meu ver, irá certamente passar pelos Jovens.

Creio que este blog tem um valor acrescido nessa discussão e está no caminho certo, abrindo o debate a todo o país tentando chegar a opiniões oriundas de militantes de secção e dessa forma potenciar este espaço do qual saem interessantes reflexões.

Tentarei nas minhas publicações, para além dos meus textos de opinião, divulgar as actividades políticas do meu distrito, Aveiro, que entrará brevemente num novo ciclo, bem como da minha secção, Arouca, da qual me orgulho de pertencer.

Espero corresponder ao convite que me foi endereçado e que mais uma vez agradeço.

Sábado no Porto é dia de R,,,,

Há cerca de dois anos um conjunto de companheiros fundou no Porto, um movimento cívico de discussão de ideias e propostas, dando assim corpo à constituição do “Porto Laranja” como forma de intervenção activa, quer no seio do PSD, quer na Sociedade Portuense em geral, como um contributo válido de participação e debate.Este movimento é um espaço livre, de intervenção, reflexão e de afirmação de valores e ideias.Queremos um PSD mais forte, exemplarmente democrático e representativo dentro do seu interior, para que também o possa ser face ao seu exterior. Os militantes têm de ter a certeza de que a sua intervenção tem sentido útil. Um partido dinâmico não pode estar “enquistado”, não podem ser sempre os “mesmos”.

No próximo dia 14 de Novembro vão-se realizar eleições de delegados do PSD da secção do Porto à Assembleia Distrital. Decidimos assim, enquanto militantes do PSD, concorrer a este acto eleitoral, tendo por base princípios alicerçados na participação dos militantes, dando voz ao valor da militância que é insubstituível, num partido como o PSD, que só será autêntico com o reforço da participação, criatividade e iniciativa das bases.
A lista que será anunciada em breve, será composta, por companheiros, que entendem dever ter neste momento de crise do País e do nosso PPD/PSD, um sobressalto cívico e político de participação, companheiros alguns da fundação do partido e muitos jovens, que querem intervir livremente, pelo PSD e por Portugal.
A lista será liderada pelo António Tavares, que é um militante desde sempre empenhado, e que dada a sua experiência, quer política, quer de intervenção em sectores dinâmicos da sociedade portuguesa, será um garante da qualidade política, que queremos assumir na Assembleia Distrital.
Não se esqueçam de votar no sabado... o distrito precisa do nosso voto

ate ao proximo post
dri

11 novembro 2009

Análise ao Perfil do Eleitorado e à Abrangência dos Partidos Políticos em Portugal

Em primeiro lugar, cumpre esquematizar os vários tipos de eleitores e o enquadramento ideológico de cada tipo, para depois podermos observar a abrangência dos partidos políticos em Portugal. Assim, numa escala de 1 até 9, sendo o 1 o nível mais à esquerda e o 9 o nível mais a direita, considero:

1 – Radical de Esquerda
2 – Esquerda Profunda
3 – Esquerda Moderada
4 – Centro Esquerda
5 – Centro
6 – Centro Direita
7 – Direita Moderada
8 – Direita Profunda
9 – Radical de Direita

Dito isto, antes mesmo de passarmos à análise da abrangência dos partidos, cumpre fazer algumas notas prévias, que explicam algumas das opções tomadas em sede de verificação da abrangência partidária. Assim, tomei em consideração:

• Considera-se apenas para efeitos desta análise os seguintes partidos: MRPP, PCP, BE, PS , PSD, CDS, PNR.

• Na análise dos níveis toma-se em consideração três aspectos : Temas Fracturantes, Politicas Sociais, Intervenção do Estado na Economia.

• A existência de juventudes partidárias, em especial no Partido Socialista e no Partido Social Democrata, que normalmente se posicionam mais à esquerda que os próprios partidos, fazendo deslizar o nível de abrangência desses partidos para alguns pontos mais à esquerda.

• A análise tem como base a pluralidade de opiniões existente em cada partido e a pluralidade programática, assim estamos em presença de uma análise que visa perspectiva a abrangência ideológica, teórica e não a abrangência actual, donde se retira os seguintes considerandos:

1. O Partido Socialista de Sócrates, evidentemente que não penetra no nível 2 (Esquerda Profunda), mas em circunstâncias que veremos a seguir, em termos formais a abrangência do partido permitiria lá chegar.

2. O Bloco de Esquerda, em termos programáticos confina-se ao nível 1, a Esquerda Radical, contudo, se tivéssemos em conta a actualidade e a carga demagógica imprimida pelos seus dirigentes actuais, poderíamos estender a abrangência do BE à Esquerda Profunda.

3. O Partido Nacional Renovador, tem ainda associado à sua acção uma carga de violência, que em termos de actualidade o confina ao nível 9, Direita Radical, mas se observarmos apenas o seu programa eleitoral, poderíamos afirmar que conseguiria ainda abranger parte da Direita Profunda.

Dados estes exemplos passemos à análise partido a partido, verificando nível a nível.

1 – Esquerda Radical

Temas Fracturantes: Intervencionismo zero. Total discricionariedade e autonomia privada no seu ponto mais extremo.

Politicas Sociais – Grande intervenção do estado.

Politica Económica – Uma autêntica cruzada contra a classe média, média-alta e alta. Os mais ricos tem de dar o seu dinheiro aos mais pobres. Ou seja, se um empresário arrisca, o negócio corre-lhe bem e a empresa der lucro, num cenário de crise, por exemplo, não pode incrementar o seu lucro ao despedir trabalhadores, correndo o risco de abrir falência por não tomar medidas correctivas de curto prazo. Em casos extremos, deixa de ter o seu ganha pão para não retirar no imediato o ganha pão a outros. Um altruísmo extremo, que conforme perceberão, leva a que, in casu, a empresa em vez de reduzir o numero de trabalhadores de 50 para 25, e conseguir continuar a laborar existindo dinheiro para empregador e 25 trabalhadores, venha a falir um ano depois.

Este nível é ocupado pelo PCP, BE, MRPP.

2 – Esquerda Profunda

Neste nível situam-se os eleitores que tem grandes ideias de esquerda, posicionando-se numa intervenção quase zero em matéria de relações privadas e temas fracturantes, adeptos de politicas sociais, mas com uma visão da intervenção económica do Estado menos radical.

Neste nível observamos: O PCP, na sua vertente mais renovadora e o Partido Socialista, que por influência da JS (a ala mais à esquerda da JS não é muito diferente do BE) desliza para a Esquerda Profunda.

3 – Esquerda Moderada

É um nível de quase monopólio do Partido Socialista. O PCP e o BE não chegam lá e o PSD ainda não chega, fique à porta. O PS domina esta franja do eleitorado, que em temas fracturantes continua a posicionar-se numa não intervenção embora atribua menos importância ao tema e tem já uma visão mais equilibrada do binómio policias sociais – visão económica.

4 – Centro – Esquerda. Nesta franja do eleitorado o Partido Socialista é o grande campeão. Contudo, o PSD, muito por influência da JSD, já ocupa uma parte deste eleitorado. Maior divisão nos temas fracturantes (muita gente na JSD, defende o casamento homossexual, o aborto, a liberalização das drogas leves), maior proximidade à ideia de justiça de oportunidades e não de justiça de resultados nas politicas sociais, intervencionismo do estado em áreas essenciais apenas. (É um caso paradigmático onde a dinâmica prática permite ao CDS, ainda que de forma residual tocar neste eleitorado, muito embora a sua definição e matriz ideológica o impedisse de sequer vislumbrar este eleitorado).

5 – Centro. Divisão de eleitorado entre PS e PSD, com CDS a cobrir já uma porção deste tipo eleitoral. Aqui, em relação ao nível anterior, existe uma redução do núcleo de áreas onde se compreende a intervenção económica do estado, existe atenção às politicas sociais, e quanto a temas fracturantes existe divisão de opiniões sobre os vários temas.

6 – Centro Direita – Na prática o PS toca neste tipo de eleitorado. Mas em termos teóricos, é o mesmo caso do CDS, não seria de esperar que o PS vislumbrasse esta franja, que seria divida então, pelo PSD e pelo CDS com ascendência para os primeiros. Menor intervenção económica, temas fracturantes a começarem a pender para a regulação estatal. Justiça Social assegurada.

7 – Direita Moderada – PSD e CDS em grande divisão do eleitorado. São dados mais alguns passos no caminho para o estado intervenção zero. Assegura-se as politicas sociais, menos tolerância nos temas fracturantes.

8 – Direita Profunda – O PSD consegue aqui ainda muito eleitorado, mas é a área por excelência do CDS/PP. O PNR, tem uma franja residual deste eleitorado (que na prática desaparece pelo que foi dito na nota prévia). Liberalismo Económico, Politicas Sociais asseguradas em aspectos chave, Temas Fracturantes sempre com respostas mais negativas – Não ao casamento homossexual, não ao aborto, não às drogas leves.

9 – Direita Radical – O CDS tem aqui uma parte do seu eleitorado, pelo carácter mais residual do PNR e pela ideia de voto útil. Mas mesmo em termos ideológicos, a franja mais à direita do CDS assegura parte deste eleitorado, que no entanto se orienta mais para o Partido Nacional Renovador.

Dito isto, chega-se às seguintes conclusões:

• O PS abrange o nível 2,3,4,5 do eleitorado, discutindo-se se penetra ou não no eleitorado do tipo 6 (centro-direita).

• O PSD abrange o nível 4,5,6,7 e 8.

• O CDS, abrange o nível 5,6,7,8 e de forma residual o 9, discutindo-se se consegue tocar no nível 4 ou não.

• O MRPP, fica-se pelo nível 1. O mesmo para o BE (ainda que com a demagogia actual consiga penetrar no eleitorado 2, e na faixa mais à esquerda do eleitorado 3)

• O PCP está no eleitorado 1 e abrange ainda o eleitorado 2.

• O PNR fica-se pelo eleitorado 9, com uma residual extensão ao eleitorado 8.

Ou seja:

O PSD distingue-se do CDS, por não comportar uma vertente mais radical (tipo 9) e por conseguir ir com maior facilidade ao centro-esquerda por efeito da JSD.

O PS, tem menor capacidade que o PSD para ultrapassar o centrão, já que a JS o arrasta para a esquerda profunda onde disputa eleitorado com as forças mais à esquerda.

O PCP é mais abrangente que o BE, mas na actualidade BE consegue estender-se a mais eleitorado com resultados evidenciados nos sucessivos actos eleitorais.

O PNR fica ancorado ao nível 1, muito por causa da conotação violenta que tem, do ponto de vista programático adopta soluções que poderiam cair no nível 2.

Ultimo Ponto – Distribuição do eleitorado pelos vários níveis:

1 – 2,3%
2 – 7%
3 – 11%
4 – 19%
5 – 31%
6 – 17%
7 – 7%
8 – 4%
9 – 1,7%

Assim, estima-se:

Divisão por Partidos – Olhar para a actualidade:
1 – MRPP – 0,4%; PCP – 0,9%; BE – 1%
2 - MRPP – 0,1%; PCP – 3%; BE – 3%; PS – 0,9%
3 – PS – 7,5%; BE – 2,3%; PCP – 1,2%
4 – PS – 14%; PSD – 4,5%; CDS – 0,5%
5 – PS – 17%; PSD – 13%; CDS – 1%
6 – PS – 3%; PSD – 10%; CDS – 4%
7 – PS – 0,2%; PSD – 4%; CDS – 2,8%
8 – PSD – 1,8%; CDS – 2,2%
9 – PNR – 0,3%; PSD – 0,1%; CDS – 1,3%

Resultados Finais:



PS – 42,4%
PSD – 33,4%
CDS – 11,8%
BE – 6,3%
PCP – 5,1%
MRPP – 0,5%
PNR – 0,3%

Diferenças para os resultados das ultimas eleições:

O PS teve menos cerca de 6%, o PSD menos 4%, o CDS, menos 1%, o BE mais 3%, o PCP, mais 2%, MRPP e PNR com votações idênticas.

Por partes: A votação do CDS é inferior em 1% porque aqui não foram contabilizados votos em partidos como o PPM, MMS e MEP que penso que retiram parte do eleitorado ao CDS.

O PSD teve menos 4% e o PS menos 6%, porque os abstencionistas são maioritariamente pessoas do centro, as pessoas mais ao extremo e à profundidade do espectro politico são mais assíduas. Por outro lado, quem está mais perto da vitória, ou quem as pessoas acham que “já ganhou” tem tendência a ter uma menor capitalização de votos.

Ultima nota – só para o PSD:

O PSD se quiser inverter isto tem dois caminhos: Ou olha para a direita, e tenta ganhar o eleitorado 6,7 e 8, onde tem apenas 15,8% em 28% possíveis (o que é manifestamente pouco) ou vai à esquerda, combater o eleitorado quatro com o PS, ganhando votos directamente. Parece me mais fácil o crescimento pela direita. Mas o partido tem que abandonar a deriva ideológica e estratégica. E tem que adoptar um rumo. Deve ser isso, precisamente isso e nada mais do que isso que deve estar em cima da mesa nas próximas directas e no próximo Congresso Nacional.

(Texto também publicado no Laranja Choque)

08 novembro 2009

Boa!

Uma boa iniciativa, hoje, da JSD/Algés. Comunicar em Política, com João Montenegro, director nacional de campanhas da JSD, falando sobre a sua experiência em campanhas eleitorais, e ainda João Catalão, orador experimentado na matéria.

Uma iniciativa importante num momento em que a comunicação assume um papel cada vez mais preponderante na política. Boa!

(Texto também publicado no Laranja Choque)

07 novembro 2009

Apresentação

Aceitei com gosto o convite do Hugo Sampaio para me juntar à equipa de colaboradores do Pensare Jota, um espaço que já seguia há algum tempo e que considero ser um importante fórum de debate de ideias e reflexão no contexto da Juventude Social Democrata.

Os textos que aqui colocarei vão assentar numa lógica de diversidade de conteúdos, oscilando entre análises políticas, de índole interna e externa, e outros textos reflexivos sobre as mais variadas temáticas.

Uma última nota, para afirmar que evidentemente, o que aqui for escrevendo vincula exclusivamente o autor e, nessa medida, não poderá ser extensível ao pensamento dos restantes companheiros de escrita, ressalvando-se, no registo de pluralidade porque se pauta o Pensare Jota, as divergências que possamos ter num ou noutro tema.

Mais uma vez, obrigado pelo convite. A utilidade do mesmo, será agora aferida pelos caros leitores.

02 novembro 2009

Marcelo Rebelo de Sousa na RTP 1

http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/escolhasmarcelo/?k=1-parte-do-As-Escolhas-de-Marcelo-de-2009-11-01.rtp&post=4274

(Minuto 13 a 18)