31 outubro 2008

Ranking das escolas VS Situação REAL

Muito há a dizer sobre o ranking, desde a forma como é realizado, os parâmetros que são avaliados até não avaliarem factores históricos, sociais e económicos. É muito bonito virem dar os parabéns às escolas com melhor aproveitamento... e às piores o que lhes acontece? qualquer avaliação sócio-institucional tem como base os pontos fortes e fracos por uma simples razão: colmatar os fracos! As escolas privadas têm melhor aproveitamento que as públicas... só vou referir um pequeno facto: os pais pagam às escolas privadas cerca de 500€/mensais, como pais que recebem o salário minimo o poderiam fazer? Será que não querem dar a melhor educação aos filhos? A estes resta-lhes resignarem-se às escolas oferecidas na sua zona de residência.
Agora vejamos:
"No documento hoje enviado à Assembleia da República, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) acusa o Governo de fugir aos problemas e de tentar passar ao lado de uma realidade feita de escolas sem segurança nem condições, camuflada com o 'Magalhães' e uma ou outra obra.
"Escolas degradadas, almoços servidos à crianças sem condições de higiene, transportes escolares sem segurança, falta de auxiliares de acção educativa, escolas encerradas sem ouvir as populações, actividades a funcionar em contentores e falta de pessoal de apoio a crianças portadoras de deficiência", são alguns dos problemas elencados na lista que hoje segue para a Assembleia da República.
Entre as situações mais problemáticas, o sindicato aponta a da Escola do 1.º Ciclo de Arneirós, cuja cantina, com capacidade máxima para 20 alunos, serve refeições a 50 por turnos. "Enquanto uns almoçam, os outros fazem fila à chuva e ao frio, porque não há locais cobertos para esperarem". refere o Francisco Almeida.
Na mesma cantina, funcionam também as aulas de enriquecimento curricular, em simultâneo com as actividades de apoio e recreio.
Na escola do 1.º ciclo de Santiago (agrupamento de escolas de Aveiro), dois contentatores colocados no recreio foram adaptados como salas de aulas desde o ano passado, sem estarem equipados com materiais que atenuem as variações térmicas, sem insonorização nem possibilidade de ligar qualquer equipamento à corrente eléctrica.

Que futuro temos a oferecer a estas crianças? Um prémio de consolação para as últimas escolas do ranking?

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