05 julho 2009

Tudo começa por dentro...

... e por dentro o PS começa a quebrar! É natural.
Depois da derrota nas eleições europeias, Sócrates iniciou um percurso descendente que, esperamos todos, culminará com a derrota a 27 de Setembro, nas eleições legislativas.
Aos olhos dos portugueses, José Sócrates e o Partido Socialista são, hoje, o símbolo de um Governo fracassado. Respira-se, dia-a-dia, uma vontade de mudança, mas uma mudança credível e verdadeira e não uma falsa mudança prometida com bonitos slogans em congressos encenados!
Mas, se na rua o PS começa a perder força, também é verdade que no seio dos seus dirigentes também começa a haver algum desconforto: Repare-se na questão das duplas candidaturas às autarquias e Parlamento...
Manuela Ferreira Leite foi a primeira a chamar a atenção para a questão ética das duplas candidaturas, definindo como base fundamental do processo eleitoral a não existência de situações deste género. Sócrates e o PS imitaram. Que remédio! Como responder a uma prova de transparência e verdade senão com a pura imitação?
O facto é que esta forma de estar na política não agrada a muitos militantes socialistas... Assim que se soube desta decisão, logo duas candidatas a Câmaras Municipais vieram dizer-se totalmente contra. Já nem me refiro a Ana Gomes, que essa já nos habituou ao sectarismo e facciosismo característico, na defesa do seu tão amado (recentemente) Secretário-Geral. Toda esta situação revela que o PS não se dá muito bem com a verdade e, ao tentar imitar o PSD, acaba por revelar mais de si do que, certamente, queria.
Escreve o João Marques, que em Setembro a opção será "entre os ousados e os que seguem". Eu sei quem vou escolher. Porque a verdade é efectivada em actos e decisões concretas, é algo que se inscreve no carácter das pessoas e das organizações.

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