18 novembro 2008

Lutas Estudantis

É com muita honra e alguma nostalgia que recordo os meus anos de dirigente associativo estudantil.

Primeiro no Secundário e depois no Superior, em vários patamares.

Se há algo porque pugnei foi por lutas sérias, justas, mas sobretudo sustentadas e sem nunca infringir as regras de um Estado de direito e da boa educação.

É certo que me marcaram as cenas dos estudantes a mostrarem o rabo ao Ministro Couto dos Santos e nesse dia jurei a mim mesmo que nunca haveria de tomar tal atitude ou algo idêntico, pois revela falta de educação e é sempre uma prova para o descrédito de qualquer reinvidicação.

Sempre que liderei algum movimento ou RGA, aquilo que sempre quis foi informar os colegas dos nossos objectivos, dos nossos motivos e da nossa razão, mas também que nem tudo era negativo.

Nunca tive receio de assumir ser favorável ao pagamento de propinas, porque infelizmente a nossa Constituição tem excelentes premissas, mas nunca foram sustentadas por um orçamento. Aqui está um bom motivo para um próximo post, fica prometido. Pois demonstrava aos colegas o porquê, entendo que não devem ser todos a pagar para só alguns estudarem.

Voltando às lutas estudantis, escrevo sobre este assunto, porque ontem fiquei de rastos quando vi isto e isto .

Estas declarações demonstram uma falta de conhecimento e podem ser a demonstração clara perante a sociedade que estes estudantes apenas querem faltar e borga.

É importante que os estudantes, antes de qualquer acção de rua tenham a verdadeira noção dos seus problemas e objectivos, para que a sociedade entenda que a sua luta é justa e os possa compreender e até apoiar.

Para terminar, sempre que nos coloquem um microfone à frente devemos saber o que vamos dizer e ter a noção do seu impacto. Quando não estamos cientes disto, o melhor é recusar fazer declarações.

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