03 fevereiro 2009

Pedro Passos Coelho em entrevista na SIC [02/02/2009]

2 comentários:

Anónimo disse...

Entrevista bastante conseguida, demonstrando muita tranquilidade, segurança e frontalidade em várias matérias, mas sobretudo, assumindo-se como alternativa a Dra. MFL e demonstrando a ambição de querer ser PM.


Gostei!

Helder Oliveira Dias disse...

Em entrevista a Mário Crespo, Pedro Passos Coelho (PPC ) assumiu que está disponível para liderar o partido!
Na minha opinião, PPC fez uma jogada política muito inteligente. Comparou a situação da actual direcção do partido com a anterior.

Isto é, pretendeu demonstrar que é legítimo questionar se Manuela Ferreira Leite (MFL) tem condições para continuar na liderança do PSD e derrotar o Eng. Sócrates nas próximas eleições!
E disse mais: Se MFL entende não ter condições, deve colocar os interesses do PSD e do país acima de um qualquer interesse pessoal.

A verdade é que MFL está democraticamente mandatada para representar o partido nas próximas eleições. Quanto a isso não podem existir quaisquer dúvidas. Mas esta questão é bastante mais delicada. De resto não será difícil apercebermo-nos dos inúmeros efeitos nefastos, resultantes de uma constante e interminável alteração de liderança.

É óbvio que uma situação como a descrita não abona em favor da estabilidade política dentro do PSD. A meu ver, a questão que se coloca é a seguinte: Até que ponto é que, no seio partidário, é legítimo coarctar, ou ignorar (conscientemente) o espírito, o mérito, a força e a mobilização de militantes para se tentar atingir o objectivo de estabilidade dentro do partido?

É que um partido pode ser internamente estável sem que seja visto como alternativa política a um determinado governo. Do mesmo modo, numa dada altura, um partido pode ser considerado menos estável internamente (produto de uma contemporânea mudança de liderança) mas ser considerado alternativa após a avaliação do seu programa, das suas ideias, a da sua maneira de “fazer” política.

Uma coisa é a (legitimada) estabilidade política, outra coisa é avaliação (constante) da direcção do partido no que concerne à apreciação da possível actuação de uma alternativa(interna), devendo ser contraposto o impacto de ambas, no que respeita a defesa dos interesses do partido e consequentemente para os interesses de Portugal.

São problemáticas distintas, que se cruzam na mesma questão, e que não podem ser resolvidas com a adopção de um modelo extremista.
A questão que se coloca é exactamente esta: Até que ponto?!

Mas deve ser salientado um aspecto que, a meu ver, é importante. No momento de avaliação interna da situação do partido, nomeadamente na avaliação de uma suposta mudança, os militantes do PSD não se podem alhear do móbil do movimento que se afirma como alternativa à direcção partidária. O partido deve fazer um juízo critico de si mesmo.

E este juízo crítico não escolhe tempos...deve ser constante, para bem do partido e de Portugal!

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