O assunto já foi por demais falado, mas para relembrar aqui vai um pequeno resumo:
numa recente sessão parlamentar o deputado do PS Afonso Candal resolveu partir para o campo das insinuações mesquinhas e ofensivas tendo como alvo o deputado do PSD José Eduardo Martins. Este sentindo-se ofendido na sua honra, reagiu a quente (como muitos de nós faríamos) e em vez de recorrer á defesa da honra prevista no regimento da Assembleia da Republica, proferiu alguns impropérios e fez saber ao seu colega deputado que "... da próxima vez que falasse com ele assim iram conversar de outra maneira". Um momento mais acalorado, dos muitos que fazem a nossa história parlamentar e que, quando não passam os limites da boa educação, até trazem algum colorido aos debates.
Mas neste caso levantou-se um coro de "pudicos" ofendidos com um argumento verdadeiramente excepcional: que os insultos no parlamento punham em causa a qualidade da democracia. Desde então tem sido exagero atrás de exagero. São reportagens televisivas com alguns momentos "quentes" de debates parlamentares e até, atingindo-se o extremo do ridículo, imagens dos parlamentos da Coreia do sul ou de Taiwan onde o murro faz parte do dia-a-dia parlamentar. São chamadas de primeira pagina nos principais jornais e editoriais exigindo punições aos deputados, como se de alunos de uma qualquer escola primária estivéssemos a falar.
Assistimos a uma verdadeira campanha mediática para desviar as atenções do que realmente coloca em causa a nossa democracia (caso freeport; ministério publico inoperante; caso charrua; desinvestimento nas universidades; sistema eleitoral desactualizado; clima de desafio do PS ao presidente da Republica; pressões constantes aos meios de comunicação social por parte do governo; etc...) perpretada por uma impressa á "big brother" que tem na TVI o seu expoente, mas de que outros jornais e televisões em vez de se afastarem se estão a (infelizmente) aproximar.
Tudo isto tendo como bode expiatório de ocasião o Deputado José Eduardo Martins. Ele que até reconheceu sinceramente o seu erro, pedindo desculpa aos seus colegas deputados que prejudicou (mas recusando-se a pedir desculpa a quem atentou contra a sua honra , atitude que só o dignifica).
numa recente sessão parlamentar o deputado do PS Afonso Candal resolveu partir para o campo das insinuações mesquinhas e ofensivas tendo como alvo o deputado do PSD José Eduardo Martins. Este sentindo-se ofendido na sua honra, reagiu a quente (como muitos de nós faríamos) e em vez de recorrer á defesa da honra prevista no regimento da Assembleia da Republica, proferiu alguns impropérios e fez saber ao seu colega deputado que "... da próxima vez que falasse com ele assim iram conversar de outra maneira". Um momento mais acalorado, dos muitos que fazem a nossa história parlamentar e que, quando não passam os limites da boa educação, até trazem algum colorido aos debates.
Mas neste caso levantou-se um coro de "pudicos" ofendidos com um argumento verdadeiramente excepcional: que os insultos no parlamento punham em causa a qualidade da democracia. Desde então tem sido exagero atrás de exagero. São reportagens televisivas com alguns momentos "quentes" de debates parlamentares e até, atingindo-se o extremo do ridículo, imagens dos parlamentos da Coreia do sul ou de Taiwan onde o murro faz parte do dia-a-dia parlamentar. São chamadas de primeira pagina nos principais jornais e editoriais exigindo punições aos deputados, como se de alunos de uma qualquer escola primária estivéssemos a falar.
Assistimos a uma verdadeira campanha mediática para desviar as atenções do que realmente coloca em causa a nossa democracia (caso freeport; ministério publico inoperante; caso charrua; desinvestimento nas universidades; sistema eleitoral desactualizado; clima de desafio do PS ao presidente da Republica; pressões constantes aos meios de comunicação social por parte do governo; etc...) perpretada por uma impressa á "big brother" que tem na TVI o seu expoente, mas de que outros jornais e televisões em vez de se afastarem se estão a (infelizmente) aproximar.
Tudo isto tendo como bode expiatório de ocasião o Deputado José Eduardo Martins. Ele que até reconheceu sinceramente o seu erro, pedindo desculpa aos seus colegas deputados que prejudicou (mas recusando-se a pedir desculpa a quem atentou contra a sua honra , atitude que só o dignifica).
PS(D): Vêm-me á memoria um episódio: á uns anos em pleno parlamento Europeu um Eurodeputado Dinamarquês resolveu também enveredar pelo caminho da calunia e insinuação tendo como alvo o Eurodeputado Português Rosado Fernandes (CDS). Este sentindo-se ofendido não esteve com meias medidas e em pleno plenário levantou-se e enfiou-lhe um par de estaladas. Tenho a certeza que devem ter servido de emenda ao dinamarquês. Quem sabe se ao sr Deputado Afonso Candal não lhe teria também feito bem uma lição dessas para a próxima vez que quiser insinuar algo sobre um Deputado da oposição.
3 comentários:
Uma atitude vergonhosa por parte de José Eduardo Martins, embora assumindo o seu erro.
Qualquer indivíduo que tenha um cargo de carácter Público-Político e que tenha como objectivo mostrar credibilidade, nunca pode deliberar algo baseado em impulsos.
Mais um marco negativo na política portuguesa.
Um bem haja,
Marco Rodrigues
episódio reprovável sem duvida mas que não merece o escandalo que por ai se fez.
eu ainda me lembro de no ano passado ter visto o presidente da distrital de braga do psd o senhor virgilio costa a dirigir-se exactamente da mesma forma e nos mesmos termos malcriados ao primeiro ministro.
e não se fez metade deste escandalo.
talvez porque o deputado virgilio é práticamente um inimputável.talvez porque a imprensa andasse distraida.
talvez porque outra razao qualquer.
mas vaos dar as coisas a importancia que tem. e este episodio tem muito pouca importancia.
p.s. no youtube é fácil encontrar esse video dos insultos do virgilio costa ao primeiro ministro
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