31 março 2009

Almoço convívio / Dra. Manuela Ferreira Leite

Serve o presente para convidar/informar a todos que no dia 18 de Abril teremos a presença na Guarda da líder do PSD, Dr.ª Manuel Ferreira Leite, num almoço convívio que pretende, naturalmente, reunir os militantes e simpatizantes que entenderem aderir.
O almoço-convívio decorre às 13H00 no Hotel Vanguarda e o custo individual da refeição cifra-se em 15.00 €.

Contactos: 271 212 655
Telemóvel: 961 726 037 / 961 726 038 / 961 726 039
Para a JSD, o preço será 10€.
Contactos: 961204332

Comunicado de Imprensa CPD/JSD Vila Real

JUVENTUDE SOCIAL-DEMOCRATA
Comissão Política Distrital da JSD de Vila Real
Comunicado de Imprensa

Aproveitando a presença do Ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Dr. Vieira da Silva, no Distrito de Vila Real, a Comissão Política Distrital da JSD de Vila Real manifesta publicamente a discordância com o facto de o Ministro acumular as funções governativas com funções executivas no Partido Socialista, nomeadamente como coordenador de todos os actos eleitorais de 2009.

Facto este referido também pela Líder do PSD, Drª Manuela Ferreira Leite, no “Fórum da Verdade” realizado no passado sábado em Macedo de Cavaleiros no qual a JSD Distrital de Vila Real marcou presença.

A JSD Distrital de Vila Real entende que este tipo de situações não dignificam nem os Políticos nem a Política e como tal provocam um natural afastamento dos cidadãos em geral e dos jovens em particular dos Partidos Políticos.

Esta Comissão Política lamenta ainda o facto de num momento em que o governo deveria apontar baterias ao combate ao desemprego e á crise económica, continuar a ludibriar e a iludir os Jovens no que refere a matéria de Emprego.

A JSD Distrital de Vila Real, exige rigor e Ética na Política.

A Comissão Política Distrital da JSD de Vila Real

Vila Real, 30 de Março de 2009

Nota: O Blog Pensare Jota deseja votos de excelente mandato aos órgãos Distritais eleitos da JSD de Vila Real.

29 março 2009

Juventude Portuguesa

Caros leitores,

Para relembrar o Dia Nacional da Juventude, resolvi escrever um pouco sobre nós: os jovens portugueses.

Vou procurar focar-me, sobretudo, na integração dos jovens na atual conjuntura económica em Portugal.

Como todos sabemos, vivemos num ambiente de profunda crise económica a nível mundial (nunca antes verificada...) que, aliada à irresponsabilidade de alguns governantes, coloca o futuro das novas gerações em risco…

Ora, vivemos num país em que o número de jovens licenciados sem emprego aumenta exponencialmente dia após dia, semana após semana…
Cada vez mais, o investimento feito num curso superior corre o risco de não ser recuperado, isto é, cada vez menos garante um emprego no futuro, e já não falo aqui de “bons” empregos, mas apenas de ter uma oportunidade de mostrar as suas capacidades.

Na minha opinião, a primeira coisa a fazer é mudar as mentalidades da população, mudar a ideia de que todo e qualquer jovem deve frequentar um curso superior.

Para que isto aconteça, é essencial pensar em rever duas situações, uma da responsabilidade directa dos governantes e a outra dos próprios jovens.

Por um lado, o Estado deve ponderar seriamente reduzir de forma considerável o número de cursos e vagas anuais no ensino superior (uma razoável parte dos cursos têm pouca ou nenhuma utilidade prática…), contrabalançando esta redução com o aumento da oferta de cursos profissionais direccionados para profissões que são cada vez mais raras mas, ao mesmo tempo, são extremamente importantes para um harmonioso funcionamento duma sociedade, como são os casos de cozinheiro, electricista, mecânico, pedreiro, entre muitas outras…

Por outro lado, é essencial que os próprios jovens tenham uma mente mais aberta e menos preconceituosa, “aceitando” desenvolver os seus “skills” em áreas desta natureza (“menos reconhecidas” – diz o povo), caso não se adaptem a áreas mais intelectuais, que impliquem a frequência dum curso superior.

É importante, meus caros, que se mentalizem que estamos num mundo extremamente competitivo em que a adaptação a novas circunstâncias e a capacidade de realizar várias funções são cada vez mais importantes e valorizadas pelo mercado de trabalho.

Em suma, estamos num período de extremo pessimismo e desconfiança geral que pode colocar em risco a sustentabilidade da NOSSA geração, que pode limitar seriamente as nossas actividades, as nossas oportunidades, o nosso bem-estar!

É essencial lutar pelos nossos direitos, expor as nossas ideias e, acima de tudo, compreender as dificuldades do mundo em que vivemos…


Um bem haja,

Rui Jacinto

28 março 2009

Pela Juventude Portuguesa, Sempre!

Comemoramos hoje o Dia Nacional da Juventude.

(imagem de André Pais e montagem de Rui Badana)

Na actual conjuntura os jovens deparam-se com realidades bem preocupantes, que nos devem merecer uma atenta reflexão:
- a taxa de desemprego entre os jovens licenciados atinge valores muitíssimo preocupantes, sendo mesmo a maior da Europa, não se vislumbrando esperança ou soluções;
- são inexistentes políticas eficazes de incentivo e apoio ao arrendamento habitacional;
- é inexistente uma política de construção de habitação a custos controlados;
- de acordo com estatísticas europeias, os jovens portugueses são os que mais tarde deixam de habitar em casa dos pais;
- é ineficaz o combate ao abandono escolar, são necessárias novas políticas concertadas de apoio sócio-económico aos agregados familiares e de combate ao recurso a mão-de-obra infantil e juvenil, tendo em conta o possível crescimento do fenómeno com o previsto alargamento da escolaridade mínima obrigatória;
- é necessária uma aposta no ensino profissional direccionada no desenvolvimento de competências dos alunos e na satisfação das reais necessidades dos empregadores, e não implementada tendo por propósito a simples rentabilização dos recursos humanos existentes a nível local;
- é flagrantemente crescente a quantidade de jovens que tem dificuldades em pagar as propinas do ensino superior, bem como, consequentemente, a quantidade de alunos que se vê inevitavelmente obrigada a abandonar o percurso académico em que até então estes e as suas famílias tinham investido;
- verifica-se no sistema público de ensino um desequilíbrio no que diz respeito aos efectivos poderes de participação dos alunos na tomada de decisões, sendo necessário e urgente promover a retoma da paridade entre os seus representantes e os órgãos de gestão das instituições;
- são escassos os apoios e incentivos às empresas destinados a jovens à procura do primeiro emprego ou com pouca experiência profissional; a avaliação das candidaturas e as tomadas de decisão não são céleres, o que desincentiva ao seu recurso por parte de jovens e empregadores, sendo que muitas vezes não são rentabilizados meios que poderiam converter-se numa mais-valia competitiva para ambos;
- é imperativa a implementação de medidas preventivas de comportamentos de risco e dependências, bem como de soluções reais de recurso ao nível local para os casos de intervenção “à posteriori”;
- a não universalidade do direito ao subsídio de desemprego por parte dos jovens contratados em regime de prestação de serviços;
-tendo por objectivo minimizar os problemas da interioridade, é necessária a aposta não realizada em micro-empresas de forma a valorizar os recursos humanos existentes e a potenciar uma cultura de empreendedorismo e competitividade;
- é desejável o reforço da autonomia da Região Autónoma da Madeira e da Região Autónoma dos Açores;
Devemos tentar também colocar na ordem do dia temas como a regionalização, a eutanásia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a legalização da prostituição e a procriação medicamente assistida.
Estas são algumas das razões que demonstram, inequivocamente, que o tempo é de acção!
É preciso ouvir os anseios e as preocupações dos jovens, dar-lhes voz, falar a sua linguagem. Este é o momento fundamental para a juventude portuguesa! A juventude que foi esquecida e desprezada pelo desgoverno socialista.
Fala–se do afastamento dos jovens da vida política mas a verdade é que os políticos é que se afastaram dos jovens, dos seus reais problemas e das suas prioridades.
É necessária uma nova forma de estar na política: esta deve ser encarada como um serviço público e um acto de cidadania.
Está nas nossas mãos!
Viva a Juventude Portuguesa!
Viva Portugal!

Hugo Sampaio

28 de Março de 2009 - Dia 1

Espero que hoje seja o primeiro dia do resto do futuro do nosso País. Se falar em juventude é, necessariamente, sinónimo de esperança, então, espero e desejo que essa não seja uma esperança qualquer, não seja, acima de tudo, uma esperança frustrada, uma esperança falhada.
Estamos a poucos dias de comemorarmos os 35 anos do 25 de Abril de 1974. Aniversário simbólico e merecedor de comemorações. No entanto, creio que não julgarei mal se disser que é uma comemoração, de certo modo, ensombrada. Ensombrada pela promessa de país que surgiu naquela madrugada e que ainda não se cumpriu. Julgo que não erro se disser que a alegria na comemoração não pode ser completa, porque há um certo travo amargo na boca, há algo que nos deixa de pé atrás. Eu acredito que esse algo se prende com o facto de assistirmos, por vezes impotentes, a essa promessa não cumprida, sabendo que temos tudo para a cumprir. Temos garra, temos inteligência, temos competência, temos sentimento, temos sabedoria acumulada, temos passado, temos identidade nacional, temos História. Então o que falta? Então porque é que nós, os jovens de hoje, nos deparamos com o terrível espectro de vivermos toda a nossa vida adulta, enquanto cidadãos deste país, debaixo de uma permanente crise, a ver o país enredar-se num ciclo de empobrecimento, a continuar a "tapar buracos" e não a construir os caminhos do futuro? Não tenho soluções mágicas, palavras de Aladino, mas tento encontrar algumas explicações que ajudem.
Há dias, ao passar numa livraria, deparei-me com um daqueles guias muito populares sobre cidades e países, que todos conhecemos, e vi um sobre Portugal, que era a tradução portuguesa do original. Tradução apenas, sem adaptação. Na parte da caracterização geral do país entre as várias informações, algumas erradas, outras exageradas, mas que de um modo geral davam uma visão positiva do país, se bem que a visão de um pequeno país desconhecido e espécie de estância de férias idílica, havia duas notas que me chamaram a atenção. Uma alertava os visitantes para que não levassem a mal os atrasos, dado que não significavam nenhum insulto, mas antes prática generalizada, e a outra referia que os simpáticos e hospitaleiros portugueses assumiam outra personalidade ao volante de um carro e faziam da condução perigosa um passatempo nacional. Estas duas pequeninas coisas (serão assim tão pequeninas?...) vistas pelo olhar de um estrangeiro, levam àquela explicação que eu gostava de adiantar sobre a tal promessa falhada, e resumem-se a duas palavras: ética e responsabilidade.
Infelizmente creio ser lugar comum em todos os aspectos da nossa vida em sociedade faltarem estas duas coisas essenciais: ética e responsabilidade. Seja na vida política, no relacionamento entre os cidadãos e o Estado, entre este e os cidadãos, nas relações económicas que os empresários estabelecem, na escola, no trabalho, na estrada e mesmo, às vezes, nas nossas relações pessoais. Julgo que há um certo gosto nacional na transgressão. Não nas pequenas pantominas como atravessar a passadeira com o sinal vermelho se não vierem carros, mas em coisas que por pequenas que sejam, multiplicadas por todos, levam a uma grande descridibilização das instituições, das empresas, do trabalho, enfim da vida em sociedade. Levam ao tal passatempo nacional atrás do volante que o guia falava e ao institucionalizar do atraso, que, no país de quem escreveu o tal guia, é considerado um insulto.

Está na altura de todos, praticarmos a nossa quota parte de ética e responsabilidade nas nossas vidas, de deixarmos de pregar bonitas palavras ao vento que passa, e de as incluirmos nas nossas atitudes. Acima de tudo, impende um especial dever sobre todos os responsáveis políticos (quando digo todos, é mesmo todos, desde o Presidente da Junta ao Presidente da República). A eles cabe-lhes dar o exemplo, e porque, cada um, dentro do seu papel, pequeno ou grande, conforma o destino do país, devem actuar sempre com a tal ética e responsabilidade. Ética porque governam o que é de todos e em nome desses todos, e responsabilidade, porque aquilo que decidem projecta-se no futuro do país.

Termino como comecei, a falar de juventude. E a falar de juventude, porque, 35 anos depois do 25 de Abril, 35 anos depois de uma geração política no poder, chegou a hora da juventude de hoje cumprir o Portugal prometido. O Portugal prometido e não cumprido, aquele que nos está atravessado na garganta. Temos um legado de 800 anos atrás de nós a respeitar. Um legado que não pode viver do passado, nem pode viver na mediocridade deste país sem solução dos últimos 35 anos. Um legado que se quer construir de futuro próspero e duradouro.

Que tem de se construir com ética e responsabilidade. Oxalá consigamos cumprir o desafio.

27 março 2009

Euro bond

No passado fim de semana, fui dar uma volta à Curia, para assistir ao encerramento da Universidade da Europa 2009 e receber o meu diploma pela frequência da Universidade da Europa 2008. No almoço com João de Deus Pinheiro - de balanço do trabalho dos deputados do PSD no Parlamento Europeu - a dada altura, é dito pelo orador, numa referência ao eurodeputado Silva Peneda: "Um eurodeputado muito respeitado, que propôs recentemente uma 'Eurobond', e eu [João de Deus Pinheiro] ainda não ouvi um bom argumento contra". Eu tenho um problema de personalidade grave: não resisto a este tipo de desafios, em especial quando dizem respeito a Economia e, embora não saiba se algum eurodeputado costuma andar pela "Blogósfera", fica aqui o meu "argumento contra".

O que é a Euro Bond? Simples: emissão única e centralizada de dívida pública. Em vez de haver dívida pública alemã, espanhola ou portuguesa, emitida por cada Estado Membro, passa a haver um único

emissor de dívida pública, um "instituto de dívida pública europeu". Porquê? Citando directamente do site do PSD Europa, o proponente Silva Peneda argumenta:

Segundo Silva Peneda, para haver mais investimento é necessário que "o crédito seja acessível e barato, mas tudo aponta para que nos próximos tempos ele seja escasso e muito mais caro parapaíses mais vulneráveis, como é o caso de Portugal."

Estes países enfrentam dificuldades acrescidas de financiamento pelo que Silva Peneda defende a possibilidade de passar a haver, a nível da zona euro, um único emitente central de dívida pública europeia, que é, aliás, o cenário mais compatível com a sustentabilidade do euro a longo prazo.

O crédito para Portugal está mais caro? Sim, está. A última emissão de dívida pública portuguesa foi vendida com uma taxa de juro a rondar 4,5% quando os alemães, por exemplo, pagam pouco mais de 3%. Diversos países - notavelmente o "Club Med" i.e., Itália, Grécia, Portugal e Espanha - estão a pagar mais pelas suas obrigações. As taxas de juro de longo prazo na Europa estão a divergir. "AH! Então é preciso corrigir isso... não faz sentido que na Zona Euro cada um pague uma taxa diferente, para bem da estabilidade do Euro", estarão alguns prontos a responder.

Pois, aqui reside o centro da questão: é que isto é a correcção, não algo a corrigir. É que há uma confusão comum quando se fala de Moeda Única: numa zona monetária o Risco Cambial - ou seja, que a moeda de um país se dirija para "sul" e, se o país for muito endividado ao estrangeiro, leve a economia à bancarrota (favor ver Leste Europeu para um exemplo muito prático e demasiado actual!) - é substituido por Risco de Crédito. O primeiro - risco cambial - não desaparece...é transformado em risco de crédito. E este último é um pouco mais facil de gerir.

Traduzindo em "lingua de gente": não vamos à falência por cambios, mas se nos endividamos demais ficamos mais pobres relativamente aos parceiros e pagamos mais juros! O facto de estarmos na zona Euro, garante-nos um mercado para colocar a nossa dívida muito mais "profundo" e "estavel", o que não aconteceria se ainda tivessemos o Escudo. Na nossa situação actual, e tendo o Escudo, não teriamos grande oferta de crédito. No Euro temos oferta que chegue e sobra, simplesmente temos de pagar um pouco mais.

É preciso regressar a 1998 para entender-mos uma questão com o Euro. Quando a zona Euro é criada existe um medo justificado e partilhado por muitos economistas: que a maior parte da zona face "free riding" ao risco alemão. Ou seja, que o mercado assuma que, numa crise, a Alemanha safa todos. Muitos economistas argumentaram que a zona Euro não iria sobreviver por isto... era como que um "almoço gratis" que ia ser dado. Países como Portugal, que no inicio da década pagavam taxas de juro a dois digitos iriam poder endividar-se às "taxas alemãs", que rondavam os 3 por cento. E neste sentido sim, o Euro foi um incentivo ao endividamento.

Foi por esta razão que se criou o Pacto de Estabilidade e Crescimento - que, nota de rodapé não era estúpido e se tivesse sido cumprido como estipulado não estariamos a ter esta discussão. Era preciso garantir que os Estados aderentes à moeda única tinham uma "regra legal de estabilidade orçamental" e, numa época de crise, teriam espaço e credibilidade orçamental para estabilizar as suas economias.

"Pois Guilherme... isso aconteceu porque não existiu unidade orçamental e unidade politica numa união monetária, pelo que a emissão única de obrigações é a solução!", costuma ser a resposta que me é dada. Mas ignora a história. Não é a primeira vez que a Europa tem integração monetária. Império Austro-Hungaro (1867-1919) é o exemplo mais próximo do que temos hoje no Euro: muitas regiões com um enorme grau de autonomia politica e financeira, duas monarquias fiscalmente sem união, e uma moeda única gerida por um banco central supra-nacional com um mandato único para garantir a estabilidade dessa mesma moeda e proibido de salvar regiões ou alguma das monarquias. Familiar não é? Pois... bastante! Resultou? Bastante bem, para a época. A moeda era estavel, o Império beneficiou de enorme desenvolvimento económico, mesmo na face de muita tensão nacionalista interna. Só uma coisa fez ruir esta união monetária: a Primeira Guerra Mundial. O Império foi desintegrado pelos Aliados no pós-Guerra (Tratado de Versailles) e lá se foi a União Monetária da Dinastia dos Habsburgo.

Moral da história? Uma União Monetária não precisa de ter como base uma união política e fiscal. Necessita sim de uma regra que obrigue os Estados Membros a uma política de credibilidade fiscal. Esta regra pode ser legal - Pacto de Estabilidade e Crescimento, exigido pela Alemanha aquando da sua entrada no Euro - ou de mercado - a regra no Império Austro-Hungaro e o que está a ocorrer hoje na Europa. A última é simples: países mais irresponsaveis pagam mais até corrigirem as suas trajectórias. E isto é essencial à estabilidade do Euro. Na ausência de um destes mecanismos - e note-se que o PEC já não é um mecanismo credivel, pois ninguém o cumpre, cumpriu, pois ele era "estúpido"! - sofreremos o mesmo destino de uma outra união monetária do final do seculo XIX: a União Latina (Espanha, Grécia, Itália, Sérvia, Suiça, Lichenstein, Venezuela, França, Estados Papais). Esta ruiu exactamente porque não havia união fiscal e não havia nenhuma regra.

Voltando à Euro bond: a proposta visa eliminar este mecanismo de taxas de juro e caminhar para a União Fiscal. Ora, nem a primeira é desejável nem a segunda é necessária para a estabilidade do Euro a longo prazo. Uma euro bond é basicamente pedir um "subsidio" aos alemães. Nós pagamos menos em taxas de juro - eles pagam mais, pois os riscos estão agregados - e deixou de haver incentivos para a prudência. "Para quê se podemos sempre, em crise, pedir aos alemães, em última análise, que paguem a nossa festa?", será o pensamento do dia.

E para aqueles que me vão responder que União Fiscal e mais União Política serão sempre mais estaveis que este sistema de "regras", eu respondo muito simplesmente: Numa União Monetária existe dois riscos de estabilidade - fora factores externos como Guerras Mundiais - risco horizontal e vertical. Horizontal é o risco que temos sem União Fiscal e muito autonomia de cada membro. A solução passa por regras - legais ou de mercado. A Vertical é que, numa união fiscal e política não homogénea, como seria a UE se avançamos por este caminho, se corre o risco de abusos fiscais do "centro" ou pelo menos, medo desses mesmos abusos, que formam expectativas que desestabilizam a estabilidade da Moeda!

Ou seja, na fuga para a frente e na fúria de fazer algo para combater a crise, arriscamo-nos a plantar as sementes do fim do Euro.

26 março 2009

Videos


"E o Povo, pá?"



O polémico anúncio da Antena 1, alterado pelo BE, para convocar a manifestação de 1º de Maio...

25 março 2009

Dia Nacional da Juventude


Vem comemorar o Dia Nacional da Juventude,
com todos os Jovens Social Democratas do Distrito de Braga,
no Pacha Ofir, no próximo Sábado dia 28 de Março de 2009.

Distrital de Braga "Uma nova Energia"
www.jsddistritaldebraga.com

24 março 2009

Universidades Europa.


Excepcionalmente brilhante.
É assim que caracterizo as Universidades Europa. Ao longo de um fim de semana, um vasto leque de jovens intelectuais debatem sobre assuntos actuais e fulcrais da agenda da União

Europeia com vista a alargarem o seu conhecimento sobre os mesmos e, quiçá, apresentarem algumas questões pertinentes.

É com orgulho que afirmo que fui aluno de uma desta Universidade e por isso posso presentear-vos com alguma da experiência vivida.

Desde que acabou a edição em que fui participante, indiscutivelmente, tornei-me um cidadão muito mais activo relativamente aos mais diversos temas da União europeia, desde a Energia e o Ambiente á questão da segurança e política Económico-Financeiro Internacional. Esta experiência permitiu-me aprofundar muito mais o meu nível de conhecimentos e estabelecer contacto com personalidades com uma experiência neste campo inigualável. Sintetizando, uma vez que se tivesse a oportunidade escreveria muito mais, considero as Universidades Europa como um marco fulcral na formação Político-Internacional que proporciona a todos os participantes um vastíssimo leque de informação, na qual permite aos mesmos reforçar a sua posição sobre esses assuntos, discutir mais pormenorizadamente e realisticamente soluções para combater os aspectos negativos da União Europeia e, fundamentalmente, sensibilizar os jovens para a importância indíscutivel da Política Internacional, o que, infelizmente, é assunto de carácter secundário na agenda de interesses de mais de metade da população jovem.


Um bem haja,

Marco Dias Rodrigues

Leiam que estes tambem valem a pena


Em tempos trouxe aqui um link para um brilhante artigo de opinião de Mario Crespo em que este expunha o estado de coisas no governo Sócrates. Hoje trago-vos mais alguns artigos de opinião de Mario Crespo, que tambem achei muito bons:
(carrege nos titulos para ver)

Sócrates e Magalhães

Devo confessar que desde que acompanho a vida politico-partidária que não me lembro de tantas demonstrações de falta de "chá" dadas por membros de um mesmo partido como as que têm sido dadas por membros deste PS. Permitam-me apenas 2 exemplos (poderiam ser muitos mais), um a nível nacional e outro a nível local, um com José Sócrates e outro com António Magalhães.

Primeiro aquele que está no topo da actualidade , ou pelo menos escondido por detrás do roubo do Lucílio Baptista e do doutoramento honor is-causa de José Mourinho, a nomeação do Provedor de justiça. Desde sempre que, embora não estando escrito, em nome do equilíbrio de poderes , de uma boa prática democrática e gestão do Conselho de Estado, que alguns cargos de Estado eram divididos entre PS e PSD. O PS sempre indicou o nome para o presidente do conselho económico e social e o PSD o do Provedor, coisa que chegada a altura fez, sigilosamente como ditam as regras da cortesia democrática. Como resposta obteve da parte do PS um lançar de nomes na comunicação social (todos da area socialista, numa ânsia de controlar até ao mais ínfimo cargo do aparelho de Estado). O PSD manteve-se correctamente na expectativa de obter uma resposta ao nome indicado. Eis então que o PS lança o nome de Jorge Miranda e tenta transformar isto, com a maior lata do mundo, numa birra do PSD. Hoje já ninguém fala do comportamento velhaco de Sócrates e seus parceiros, mas sim de nomes e mais nomes (o que agrada á imprensa). Ninguém excepto o PSD que continua a manter o sentido de Estado. Nada de novo tendo em conta a nossa história democrática: o PSD a procurar servir o Estado e o PS a procurar servir-se do Estado.

Segundo exemplo. Em Guimarães o presidente da câmara António Magalhães foi ACUSADO do crime de participação económica em negócio no processo das Hortas (quinta do Outeiro). Nada de novo por estas bandas. Na assembleia municipal o deputado do PSD André Coelho Lima comparou dito caso ao caso freeport (hmm, já repararam que já quase ninguém fala deste caso?), algo que desagradou a Magalhães que se saiu com um "a si não lhe respondo mais". Nada de novo uma vez que já tinha empregue esta tactica com um deputado do PP (Pedro Miguel Carvalho), como se coubesse ao presidente da câmara controlar as intervenções dos deputados munincipais. Este caso é ainda mais caricato porque André Coelho Lima é também o líder parlamentar, o que aumenta a gravidade da falta de respeito do sr Magalhães. E até já levou ao abandono do PSD de uma assembleia municipal, porque o sr Magalhães teimava na falta de sentido democrático. O sr Magalhães tem tanto de cultura democrática como o computador homónimo tem de noções de português correcto. Pena é que o PSD local teime em olhar apenas para o seu umbigo, e tenha escolhido o pior candidato de SEMPRE na história do partido em Guimarães, porque o sr Magalhães bem precisado estava que os Vimaranenses lhe dessem umas lições de Democracia. Quem sabe para a próxima (não ao sr Magalhães que por causa das limitações de mandatos concorre pela ultima vez, mas aos seus pupilos).

Este meus senhores é o triste estado a que chegou um dos partidos pilares da nossa democracia, o que um dia foi conhecido por Partido Socialista e hoje é o Projecto Sócrates.

20 março 2009

Bombástico!

Oito meses depois de terminar o mandato ( Julho de 2008) , o Sr.Provedor de Justiça, Dr.Nascimento Rodrigues pretende ser rapidamente susbtituído.
O Sr Provedor de Justica referiu " estar a viver uma comédia à portuguesa" e aludiu a Zeca Afonso na canção " Os Vampiros" quando referiu " eles comem tudo".
Palavras para quê?

liberdade de expressão?!

A RTP está a emitir um spot publicitário de promoção à informação da rádio Antena 1 que contém críticas negativas sobre as manifestações.
O PSD pediu hoje a demissão da direcção da Antena 1, devido ao "spot" publicitário de promoção à informação da rádio, que considera "atentar contra a liberdade de expressão e de manifestação".

CONFERÊNCIA - Preparar o Futuro


Preparar o Futuro: Perante a crise, que soluções para os jovens?

19 março 2009

Atribuição de Portáteis

Caros leitores,

Desde já, quero agradecer a oportunidade de poder ser colaborador neste projecto desenvolvido pelo Hugo Sampaio, que já sendo um sucesso penso que, com a ajuda de todos, poderá crescer muito mais!

Para primeiro post neste blog, esolhi um tema algo controverso mas que me parece extremamente interessante... a atribuição de portáteis "Magalhães"!

Todos nos lembramos das piadas de humoristas (e outros) sobre o "Magalhães", um "computador totalmente português" - diz Sócrates.
Muito foi discutido sobre a sua verdadeira origem (se é mesmo uma "invenção" portuguesa - pelos vistos não), a suposta manipulação da comunicação social (dando demasiada importância ao tema e não pesquisando sobre a veracidade da informação dada pelo nosso Primeiro Ministro).

Contudo, penso que o essencial acabou por ser diluído. Ora, o essencial para mim é saber se fará sentido "investir" em todas as crianças (desde o 7º ao 12º Ano) e adultos que frequentam as "Novas Oportunidades", dispendendo o Estado milhões de Euros por cada ano lectivo quando, no mesmo país, a frequência do ensino universitário está cada vez mais dispendiosa...

É óbvio que os jovens são o futuro; é óbvio que investir nos jovens é preparar bem o futuro! MAS, serão todos os jovens merecedores deste investimento? MAS, Será que o facto de terem um computador (e portátil) em casa é essencial para o seu desenvolvimento? Não seria menos dispendioso equipar as escolas com equipamento informático adequado, possibilitando o acesso a TODOS mas, ao mesmo tempo, incutir alguma responsabilidade nos jovens, conseguindo distinguir aqueles que usam o computador para aprender ou simplesmente para brincar?

É justo (e coerente) facultar estes portáteis aos jovens e depois cobrar propinas altíssimas na faculdade (àqueles que mais querem aprender, que mais querem desenvolver os seus conhecimentos)? Não me parece, de todo!

Há que se ser coerente: proporcionar melhores condições aos jovens sim, mas até ao fim (universidade) e não apenas até ao 12º Ano pois, como todos sabemos, na Aldeia Global em que vivemos o 12º Ano é cada vez mais insuficiente...

Tenho consciência que a minha opinião é polémica e não é generalizada...ou será??

Têm a palavra...


Cordialidades,

Rui Jacinto

Os professores

Caros leitores e co-escritores deste blog, recebi um amável convite do Hugo Sampaio para participar neste blog, o qual agradeço, e começando por dizer que me represento apenas a mim próprio, vou, então, dar início a esta participação, esperando trazer algo que valha a pena para pensarmos o nosso país.

Estava a pensar num tema para este post inaugural quando uma notícia do JN me retirou as dúvidas: mais uma agressão numa escola, desta vez a um funcionário. Não sei se já repararam mas as notícias de agressões em escolas, quer a professores, quer a funcionários, por parte de alunos, e mais grave ainda, por parte de familiares seus, não param de atormentar os nossos dias. E digo atormentar porque é algo que deveria fazer soar os sinais de alarme por toda a sociedade.
É certo que o Presidente da República já se referiu a este tema, e não menos certo é que o Procurador-Geral da República prometeu uma actuação célere e determinada por parte da Magistratura do Ministério Público. Mas estas são reacções ex-post e não ex-ante. Além de exigirmos das autoridades públicas que sejam implacáveis na reacção a estes actos, nós, enquanto sociedade, devíamos questionar o que tem levado a um recrudescimento destas infelizes ocorrências.
E, quanto a mim, a resposta não pode deixar de ser senão uma: a perda da autoridade do Estado. Não estou a descobrir a pólvora, bem sei que muitos enchem a boca para falar nela, mas, o que é facto, é que ao longo dos anos a autoridade do Estado se tem vindo a degradar muito. E nota-se nas escolas. E já desconto aqui casos de escolas inseridas em zonas com problemas sociais que justificariam alguns destes actos. Mas creio que não podemos atribuir todas estas notícias a essa causa.
A autoridade do Estado perde-se de muitas maneiras, mas neste caso específico, seguramente que se perde quando altos responsáveis da Administração Pública, a começar pelo Governo, vilipendiam os professores na praça pública, como se se tratassem de um bando de malfeitores, não deixando claro à sociedade que o grau de desenvolvimento dessa mesma sociedade também se vê pelo respeito que presta aos professores. Não se trata aqui de respeito por este ou aquele benefício da carreira, mas sim por aquilo que eles representam para a sociedade.
Um bom professor é a esperança de uma sociedade melhor, é o motor da inovação e do despertar de gerações que um dia vão dar o seu conributo à sociedade, vão construir um país. Muito do que seremos enquanto país no futuro depende dos professores, e das condições que os governantes derem ao sistema de ensino.
Deste modo, e para terminar, além de outros graves problemas que a erosão da autoridade do Estado nos traz (tema a que voltarei mais tarde), este é bem grave e deveria merecer reflexão daqueles que têm responsabilidades no sistema educativo, bem como de todas as famílias, tendo em conta o país que quisermos ser amanhã.

Post scriptum - "Declaração de não-interesses": não sou professor, nem tenho qualquer familiar próximo que o seja.

18 março 2009

Portugal - 3 destinatários, 3 temas, 3 propostas.

Caros leitores e colaboradores,

Num momento de crise Económico-Financeira e Social que abrange a sociedade internacional, resolvi investir noutro tipo de abordagem. Decidi apresentar algumas propostas visando diferentes temas e destinatários, baseado no exemplo de uma sugestão que a revista Visão nos presenteou.

1 - Propostas de actuação para o Governo e Parlamento

a) Uma ideia para reforçar a liberdade:

A Justiça não se coaduna com os criminosos impunes. É obrigatória uma "lavagem Jurídico-Cerebral" com o objectivo de reforçar a qualidade da justiça Nacional e Internacional de forma a que os resistentes a esta sejam julgados merecidamente.

b) Uma ideia para aprofundar a democracia:

Obrigatoriamente é necessário repensar, reformular e desincentivar críticas supérfluas actualmente utilizadas pelos mais diversos deputados da Assembleia da República, do Parlamento e do Governo vigente. O futuro do país não passa por criticar o próximo mas sim pela apresentação de propostas concretas afim de melhorar o enquadramento deste a nível internacional.

c) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária:

De acordo com o péssimo panorama social actual, torna-se fulcral aumentar o nível de apoio Governamental a nível Financeiro, reestruturando os fundos destinados a este e, indubitavelmente, implementar uma nova e futurista visão baseando-se no optimismo e empreendedorismo social.


2 - Propostas de actuação para os municípios

a) Uma ideia para reforçar a liberdade:

A melhor ideia para reforçar a liberdade por parte dos Municípios baseia-se unicamente numa melhor percepção da realidade deste, analisando os reais problemas e não focarem as suas atenções em subterfúgios. É obrigatório ouvir a população. É ela quem realmente sofre com os problemas do Município.

b) Uma ideia para aprofundar a democracia:

Uma Democracia não tolera o Imperativismo. Desta forma, é necessário criar uma fonte de divulgação realmente séria e independente que alerte a população para os problemas quotidianos do Município, não sendo esta influenciável pelos órgãos Municipais.

c) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária:

Criar uma sociedade municipal mais solidária passa, fundamentalmente, pela promoção e criação de centros de dia inovadores, tal como a junção de idosos com as crianças e os jovens nesses mesmos e, urgentemente, o apoio ao serviço voluntário que seja devidamente compensado monetariamente.


3 - Propostas de actuação para empresas e sociedade civil

a) Uma ideia para reforçar a liberdade:

A base de uma Empresa e de uma Sociedade Civil é a confiança. Baseando o nosso pensamento nesta máxima, estas devem promover positivamente os índices de confiança mútua. Se o empregado tiver a mesma confiança com o empregador que tem com outro de igual cargo, os índices de trabalho crescerão repentinamente. A confiança é a mais forte aliada do trabalho.

b) Uma ideia para aprofundar a democracia:

A burocracia é necessária e fundamental. Indiscutivelmente, tudo que é levado ao extremo assume-se como carácter negativo. É abominável a burocracia excessiva e a utilização da hierarquia como fuga ás responsabilidades. Se a quantidade de burocracia diminuir consideravelmente em alguns aspectos, as Empresas e a própria Sociedade Civil viverá melhor, mais confiante e autodidacta.

c) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária:

Neste tópico a proposta é sucinta. Apenas existirá uma sociedade mais solidária quando a confiança aumentar de nível. Infelizmente, aliado á crise Económico-Financeira, os índices de confiança mergulharam num autentico mar inexplorado. Aumentar a confiança é fundamental. Na minha óptica, é o pilar de qualquer democracia que tenha como base objectiva o sucesso.

É desta forma que posso presentear Portugal com o meu contributo. Espero que adiram a esta ideia e incentivem todos a dar uma solução, por mais ínfima que seja.

Um bem haja,

Marco Dias Rodrigues.

17 março 2009

4 Anos de Governo que puseram o país a correr para trás

15 março 2009

Sexta-feira 13


Companheiros que me dizem a gente pensare sobre isto?!

12 março 2009

Anúncio do Candidato à Câmara Municipal da Guarda


No dia 14 de Março (Sábado), pelas 15h30, no hotel Vanguarda, será anúnciado o próximo candidato, do PSD, à Câmara Municipal da Guarda.

Vamos dar cor à nossa terra!

11 março 2009

A essência da JSD

Vou tentar ser o mais breve possível, destacando nesta mensagem algumas das problemáticas que a JSD têm de encarar com vista a inovar.

Todos nós conhecemos as mensagens que se passam na Internet, textos e textos onde cada um dá o seu desabafo e de onde resultam poucas soluções ou motivações que cativem a juventude Portuguesa a ser da JSD.

Ser da JSD é ser irreverente, é ser lutador, é adaptar os princípios antigos, aos novos desafios da modernidade, é passar a ideia do humanismo através da actividade com os nossos jovens, é procurar estabelecer novas políticas que não se esgotem em discursos mas sejam ricas em acções.

Para cativar o jovem a ser JSD, não bastam os vídeos na Internet, é importante que cada secção divulgue a sua mensagem, que cada secção procure quais as necessidades dos jovens de hoje e que cada uma delas tenha a consciência que os representa. Temos de fazer políticas para os jovens do século XXI e não para os jovens da década de 70 e 80, estes tiveram as suas causas, definiram os seus princípios, e hoje temos de os adequar à modernidade, às novas necessidades e às suas causas.

Temos de demonstrar à juventude que temos força e estamos com eles nas novas exigências, temos de fazer novas políticas, que podem passar até por criar grupos de trabalho, com jovens militantes ou simpatizantes que sob a observação de cada uma das secções irá certamente a dinamizar e ajudar a criar soluções para a JSD.

Temos de criar um novo discurso, adaptá-lo aos princípios que defendemos e levá-lo por Portugal fora, dizendo que também na JSD os jovens podem fazer as actividades que discutem em cafés, nas universidades e nas escolas, criando e inovando novos conceitos que certamente vão mudar a política e o futuro da juventude em Portugal.


Pedro Mandim Ricardo
, JSD Maia.
Nota: Pedro Ricardo é novo contribuidor do Blog Pensare Jota.

09 março 2009

NESDUBI

Núcleo de Estudantes Social Democratas da Universidade da Beira Interior

www.nesdubi.blogspot.com

Exageros!



O assunto já foi por demais falado, mas para relembrar aqui vai um pequeno resumo:
numa recente sessão parlamentar o deputado do PS Afonso Candal resolveu partir para o campo das insinuações mesquinhas e ofensivas tendo como alvo o deputado do PSD José Eduardo Martins. Este sentindo-se ofendido na sua honra, reagiu a quente (como muitos de nós faríamos) e em vez de recorrer á defesa da honra prevista no regimento da Assembleia da Republica, proferiu alguns impropérios e fez saber ao seu colega deputado que "... da próxima vez que falasse com ele assim iram conversar de outra maneira". Um momento mais acalorado, dos muitos que fazem a nossa história parlamentar e que, quando não passam os limites da boa educação, até trazem algum colorido aos debates.

Mas neste caso levantou-se um coro de "pudicos" ofendidos com um argumento verdadeiramente excepcional: que os insultos no parlamento punham em causa a qualidade da democracia. Desde então tem sido exagero atrás de exagero. São reportagens televisivas com alguns momentos "quentes" de debates parlamentares e até, atingindo-se o extremo do ridículo, imagens dos parlamentos da Coreia do sul ou de Taiwan onde o murro faz parte do dia-a-dia parlamentar. São chamadas de primeira pagina nos principais jornais e editoriais exigindo punições aos deputados, como se de alunos de uma qualquer escola primária estivéssemos a falar.

Assistimos a uma verdadeira campanha mediática para desviar as atenções do que realmente coloca em causa a nossa democracia (caso freeport; ministério publico inoperante; caso charrua; desinvestimento nas universidades; sistema eleitoral desactualizado; clima de desafio do PS ao presidente da Republica; pressões constantes aos meios de comunicação social por parte do governo; etc...) perpretada por uma impressa á "big brother" que tem na TVI o seu expoente, mas de que outros jornais e televisões em vez de se afastarem se estão a (infelizmente) aproximar.

Tudo isto tendo como bode expiatório de ocasião o Deputado José Eduardo Martins. Ele que até reconheceu sinceramente o seu erro, pedindo desculpa aos seus colegas deputados que prejudicou (mas recusando-se a pedir desculpa a quem atentou contra a sua honra , atitude que só o dignifica).

PS(D): Vêm-me á memoria um episódio: á uns anos em pleno parlamento Europeu um Eurodeputado Dinamarquês resolveu também enveredar pelo caminho da calunia e insinuação tendo como alvo o Eurodeputado Português Rosado Fernandes (CDS). Este sentindo-se ofendido não esteve com meias medidas e em pleno plenário levantou-se e enfiou-lhe um par de estaladas. Tenho a certeza que devem ter servido de emenda ao dinamarquês. Quem sabe se ao sr Deputado Afonso Candal não lhe teria também feito bem uma lição dessas para a próxima vez que quiser insinuar algo sobre um Deputado da oposição.

04 março 2009

Pontapé de saída!

Hoje, escrevo as primeiras linhas neste espaço que tenho vindo a acompanhar com atenção, mas para o qual ainda não tinha tido oportunidade de contribuir.

Em primeiro lugar, tenho de agradecer o amável convite do Hugo Sampaio para pertencer a este grupo de tão elevada qualidade política, mas sobretudo, humana. É um prazer e uma honra... Principalmente uma honra, escrever ao lado de pessoas como o meu bom amigo Alexandre Resende ou o Guilherme Diaz-Bérrio, entre todos os outros cujos nomes conheço, mas cujas caras vou conhecendo.

Em segundo lugar, dizer que, embora não tenha tido uma contribuição activa neste espaço, não deixei de o acompanhar. Diria, mesmo, que seria impossível com tantos textos de boa qualidade que vão aparecendo quase diariamente.

Espero estar à altura do desafio e corresponder às expectativas de todos os meus companheiros de blog e de todos os leitores.

Muito obrigado e até já!

03 março 2009

Demografia e demagogia

O tópico da Segurança Social - e da sua insustentabilidade - tem sido um "cavalo de batalha" pessoal deste finais de 2006. Foi por essa altura que foi feita a última reforma do sistema, e foi também por essa altura que eu escrevi um artigo na revista Carteira sobre o mesmo. As conclusões eram, e continuam a ser, que o sistema é financeiramente insustentavel a prazo. Isso inclui as ultimas reformas feitas por Socrates.

O problema base é simples de entender. O sistema actual é "pay as you go", ou seja, eu jovem trabalhador pago a reforma da geração anterior, na esperança de que alguém pague a minha. É um puro sistema de transferência inter-geracional. E é preciso ter noção que, quando Bismark fundou o primeiro sistema de segurança social do mundo, em 1889 na Alemanha Imperial, o sistema era perfeito. Descontos até aos 65 anos, idade a partir da qual se poderia usufruir da reforma, com uma esperança média de vida a rondar os 45 anos. Nunca o chanceler alemão da "real politik" imaginou que no próximo século a esperança média de vida quase duplicasse e a idade da reforma não acompanhasse a evolução.

Agora... deixemo-nos de demagogias:

O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, assegurou hoje que o sistema de pensões dos portugueses é «uma referência a nível europeu», uma vez que garante uma taxa de cobertura efectiva entre os 70 e os 80 por cento relativamente ao último salário recebido.

Quando eu leio barbaridades destas, confesso que me dá uma vontade enorme de desatar à estalada. O problema não é hoje! Actualmente a taxa de substituição média, i.e., qual a percentagem do último ordenado dado como pensão, ronda os 75 por cento. O problema é daqui a 20 anos!

O Fundo de Estabilização, ou seja, o pé de meia feito na segurança social para equilibrar as contas, vai começar a ser consumido em 2030 e, no limite, só dura até 2050. E isto tudo, tendo em conta que, hoje, o Estado já transfere uma quantia consideravel do Orçamento de Estado para a Segurança Social: algo entre 3 a 4 por cento do PIB.

A questão aqui é demográfica. Hoje, 1 em cada 10 portugueses tem mais de 65 anos. Daqui a 40 anos, em 2050, 2 em cada 10 portugueses terão entre 65 e 80 anos e 1 em cada 10 portugueses terá mais de 80 anos, a chamada quarta idade. Um terço dos portugueses, estará a consumir pensões. Se a isto juntarmos os 2 em cada 10 portugueses que estão abaixo do limiar da pobreza, e portanto ao abrigo da protecção do estado, poderemos estar a falar de perto de metade da população portuguesa a consumir a segurança social.

Pura e simplesmente não existem trabalhadores em número suficiente para financiar o sistema. Não se esqueçam que a relação não é um para um. Um trabalhador em média contribui com 250 euros, logo é preciso mais de dois trabalhadores para cada pensão média actual. E, à medida que o tempo passa, esse esforço vai aumentar e a pensão média vai diminuir.

Na altura, 2006, a minha pesquisa levou-me a escrever na peça:

"A taxa de substituição, ou seja, a quanto corresponde a pensão média paga face ao último ordenado do pensionista é hoje de 75 por cento. Daqui a 20 anos essa taxa descerá para os 50 por cento, podendo no limite chegar perto dos 45 por cento"

Depois veio a reforma do sistema e todos disseram "Aleluia! Está salvo!". Errado! Os problemas subjacentes continuam lá, simplesmente chutamos a bola 10 anos para a frente. E heis que vem a OCDE, esta semana, dizer:

Em 2030, as reformas em Portugal vão ser das mais baixas do conjunto dos 30 países mais desenvolvidos do mundo, desta forma, o pensionista luso deverá receber 54% do último salário que ganhou.

Vir dizer que está tudo bem pois hoje se paga 80 por cento do último ordenado como pensão é pura demagogia e da mais barata que existe em economia!

02 março 2009

Em Esposende foi assim...

Caros companheiros, aqui fica o vídeo da nossa iniciativa de rua.


Quando o partido se apaga.


Acompanhando pela televisão o congresso do partido socialista a ideia que me ficou é a de que estamos perante um partido inesistente, o que se tivermos em conta que estamos a falar do vencedor das ultimas legislativas é no mínimo insólito.
O congresso assentou sobretudo em duas premissas: a suposta “campanha negra” de que o seu secretário-geral estará a ser vitima e a glorificação de José Sócrates como líder dos lideres. Pelo meio houve ainda tempo para se eleger o Bloco de esquerda como principal perigo a uma maioria absoluta (que não vai acontecer) e para apresentar o cabeça de lista á eleições europeias, naquele que foi o melhor momento politico de todo o congresso.
Quanto ao primeiro ponto, chegou a ser patético o tom de vitimização e dramatismo adoptado por algumas das maiores figuras do espectro socialista, de António Costa a José Lello, de Jaime Gama ao “malhador” Santos Silva, da subitamente fiel seguidora do líder (aí a lista para as europeias) Ana Gomes a Arons “a TVI persegue-nos” de Carvalho a até, num momento de imenso mau gosto, Paulo Pedroso . Todos denunciando os poderes ocultos que perseguem de forma impiedosa o líder. E até José Sócrates se manifestou preocupado com a defesa da qualidade da democracia. Também nós sr. "engenheiro" estamos muito preocupados com essa qualidade da democracia num pais onde existem casos "Charruas"; onde os directores dos jornais são pressionados quando as noticias não agradam ao governo; onde um jornalista como Mário Crespo denuncia telefonemas de Ministros antes de serem entrevistados; onde governos de gestão aprovam alterações em projectos envolvendo milhões de euros e o ministério publico comporta-se mais como agência de imagem do que aquilo que lhe compete.

Foi no mínimo uma 1ª parte de congresso lamentável.

A 2ª parte não foi melhor. Foi pautada pela falta de debate, a inexistência de quem discordasse do líder, o que tendo em conta que falamos de um dos 2 grandes partidos do arco governativo, tal unanimidade é muito preocupante quanto á liberdade dentro do PS. O receio de se perderem lugares nas listas ou nomeações para órgãos do estado foi o sentimento marcante deste congresso.

Assistiu-se também a um claro abafar da imagem do partido em favor da imagem de Sócrates, numa medida que creio inédita no nosso país. Quem vai ás eleições não é o PS mas sim o Projecto Sócrates 2009. Até a rosa deixaram cair em favor de um azul mais á "Obama", como se os símbolos que fizeram a história do PS fossem um embaraço para Sócrates e a sua entourage.

Foi assim o Congresso do PS,ou melhor, do partido de Sócrates, fraquinho, muito fraquinho.

PS(D): tentando espremer algo de verdadeiramente politico deste congresso, fica a eleição do BE como alvo a abater, um erro estratégico que espero tenha custos para o PS. E fica a escolha de Vital Moreira para cabeça de lista ao parlamento Europeu, no que é uma escolha interessante e um antecipar ao PSD que pode ser importante. E claro fica o apagão que é bem simbolico do apagamento do PS em relação a Sócrates.
imagem: publico.pt

01 março 2009

Estado Social e dignidade

É comum à esquerda falar-se de "dignidade no trabalho" e essa costuma ser a justificação para muito regulação, preços administrativos, salários mínimos e rendimentos sociais de inserção.

Mas, quanto este último, onde está a dignidade do mesmo? Onde está a dignidade em viver de "esmola alheia", mesmo que essa esmola seja "institucionalizada"?

O ser humano é um ser muito curioso. É capaz dos maiores feitos [e dos maiores crimes] apenas com base no seu espírito. A força de caminhar para a frente, contra tudo o que se lhe opõe, não interessando qual é a adversidade a enfrentar é, e sempre foi ao longo de milénios, a principal caracteristica do ser humano.

Mas uma vez quebrado esse espírito, esse orgulho, essa dignidade, o ser humano é capaz das maiores inércias imaginaveis. Qual é o meu ponto? Rendimento Social de Inserção. "É uma política pública necessária", dirão alguns. Mas quais os efeitos perversos? E não me estou só a referir ao efeito normal referido pelos economistas - o RSI introduz uma "conta": para trabalhar, tenho que ter como ordenado um valor x (igual ao RSI) mais um prémio para sair de casa.

Quem é que, uma vez ligada à "maquina da segurança social" não tem vergonha desse facto? Quem é que diz com orgulho "Eu não trabalho porque, felizmente, estou a ganhar o RSI"? Podem ficar no café o dia todo, é verdade. Sem nada fazer, sem nada procurar... é esta a inércia que me referia acima. Mas porquê? 

Porque é que um sem abrigo cria uma "inércia" quase natural que resvala a indiferença para a sua própria situação? Porque perdeu a sua dignidade, o seu orgulho, no minuto em que foi pedir a primeira esmola. E depois, acomodou-se. E ai ficará, sem chama nem espírito. E esse é o efeito que o nosso actual sistema cria: retira às pessoas o seu ritmo e, ao leva-las a ir à segurança social, retira-lhes a sua dignidade e mata-lhes o espírito.

"Queres deixa-los sozinhos então, Guilherme?", comentaram alguns. Não, quero ajuda-los, mas sem lhes esmagar o espírito. Quero que trabalhem, seja a que preço o mercado de trabalho equilibrar. É que, trabalho dá uma força de espirito imensa. Poder dizer "eu faço algo, eu agora dependo das minhas capacidades e do meu esforço" é algo que, psicológicamente, não tem rival. 

O salário minimo preça pessoas para fora do mercado, e essas pessoas são forçadas a prescindir da sua dignidade e ir à Segurança Social pedir uma "esmola institucional". Isto é errado! Cria uma força muito forte na mente das pessoas: a vergonha e a quebra do orgulho! Nada podia ser mais perverso.

Façamos, como tentei dizer no post anterior (Exercicio "E, se..."), a coisa ao contrário: deixemos o mercado de trabalho equilibrar onde equilibrar. E deixe-se as pessoas trabalharem por esse "preço", e declararem esse "preço". E aqui, sim, compense-se este "baixo preço" com um crédito fiscal, para um valor que é considerado um minimo socialmente aceite. Qual é a diferença? A pessoa trabalha, tem essa satisfação e orgulho.

Não está simplesmente a receber um vale em casa, e não menosprezem o poder psicológico desta pequena diferença: por muito que se diga "Ah, trabalho, não gosto disso", no fundo, todos nós o queremos: ter uma função, um lugar, a satisfação de participar-mos na ordem natural das coisas e algum orgulho e dignidade, que nos dão força para seguir em frente!