28 março 2009

Pela Juventude Portuguesa, Sempre!

Comemoramos hoje o Dia Nacional da Juventude.

(imagem de André Pais e montagem de Rui Badana)

Na actual conjuntura os jovens deparam-se com realidades bem preocupantes, que nos devem merecer uma atenta reflexão:
- a taxa de desemprego entre os jovens licenciados atinge valores muitíssimo preocupantes, sendo mesmo a maior da Europa, não se vislumbrando esperança ou soluções;
- são inexistentes políticas eficazes de incentivo e apoio ao arrendamento habitacional;
- é inexistente uma política de construção de habitação a custos controlados;
- de acordo com estatísticas europeias, os jovens portugueses são os que mais tarde deixam de habitar em casa dos pais;
- é ineficaz o combate ao abandono escolar, são necessárias novas políticas concertadas de apoio sócio-económico aos agregados familiares e de combate ao recurso a mão-de-obra infantil e juvenil, tendo em conta o possível crescimento do fenómeno com o previsto alargamento da escolaridade mínima obrigatória;
- é necessária uma aposta no ensino profissional direccionada no desenvolvimento de competências dos alunos e na satisfação das reais necessidades dos empregadores, e não implementada tendo por propósito a simples rentabilização dos recursos humanos existentes a nível local;
- é flagrantemente crescente a quantidade de jovens que tem dificuldades em pagar as propinas do ensino superior, bem como, consequentemente, a quantidade de alunos que se vê inevitavelmente obrigada a abandonar o percurso académico em que até então estes e as suas famílias tinham investido;
- verifica-se no sistema público de ensino um desequilíbrio no que diz respeito aos efectivos poderes de participação dos alunos na tomada de decisões, sendo necessário e urgente promover a retoma da paridade entre os seus representantes e os órgãos de gestão das instituições;
- são escassos os apoios e incentivos às empresas destinados a jovens à procura do primeiro emprego ou com pouca experiência profissional; a avaliação das candidaturas e as tomadas de decisão não são céleres, o que desincentiva ao seu recurso por parte de jovens e empregadores, sendo que muitas vezes não são rentabilizados meios que poderiam converter-se numa mais-valia competitiva para ambos;
- é imperativa a implementação de medidas preventivas de comportamentos de risco e dependências, bem como de soluções reais de recurso ao nível local para os casos de intervenção “à posteriori”;
- a não universalidade do direito ao subsídio de desemprego por parte dos jovens contratados em regime de prestação de serviços;
-tendo por objectivo minimizar os problemas da interioridade, é necessária a aposta não realizada em micro-empresas de forma a valorizar os recursos humanos existentes e a potenciar uma cultura de empreendedorismo e competitividade;
- é desejável o reforço da autonomia da Região Autónoma da Madeira e da Região Autónoma dos Açores;
Devemos tentar também colocar na ordem do dia temas como a regionalização, a eutanásia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a legalização da prostituição e a procriação medicamente assistida.
Estas são algumas das razões que demonstram, inequivocamente, que o tempo é de acção!
É preciso ouvir os anseios e as preocupações dos jovens, dar-lhes voz, falar a sua linguagem. Este é o momento fundamental para a juventude portuguesa! A juventude que foi esquecida e desprezada pelo desgoverno socialista.
Fala–se do afastamento dos jovens da vida política mas a verdade é que os políticos é que se afastaram dos jovens, dos seus reais problemas e das suas prioridades.
É necessária uma nova forma de estar na política: esta deve ser encarada como um serviço público e um acto de cidadania.
Está nas nossas mãos!
Viva a Juventude Portuguesa!
Viva Portugal!

Hugo Sampaio

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