Devo confessar que desde que acompanho a vida politico-partidária que não me lembro de tantas demonstrações de falta de "chá" dadas por membros de um mesmo partido como as que têm sido dadas por membros deste PS. Permitam-me apenas 2 exemplos (poderiam ser muitos mais), um a nível nacional e outro a nível local, um com José Sócrates e outro com António Magalhães.
Primeiro aquele que está no topo da actualidade , ou pelo menos escondido por detrás do roubo do Lucílio Baptista e do doutoramento honor is-causa de José Mourinho, a nomeação do Provedor de justiça. Desde sempre que, embora não estando escrito, em nome do equilíbrio de poderes , de uma boa prática democrática e gestão do Conselho de Estado, que alguns cargos de Estado eram divididos entre PS e PSD. O PS sempre indicou o nome para o presidente do conselho económico e social e o PSD o do Provedor, coisa que chegada a altura fez, sigilosamente como ditam as regras da cortesia democrática. Como resposta obteve da parte do PS um lançar de nomes na comunicação social (todos da area socialista, numa ânsia de controlar até ao mais ínfimo cargo do aparelho de Estado). O PSD manteve-se correctamente na expectativa de obter uma resposta ao nome indicado. Eis então que o PS lança o nome de Jorge Miranda e tenta transformar isto, com a maior lata do mundo, numa birra do PSD. Hoje já ninguém fala do comportamento velhaco de Sócrates e seus parceiros, mas sim de nomes e mais nomes (o que agrada á imprensa). Ninguém excepto o PSD que continua a manter o sentido de Estado. Nada de novo tendo em conta a nossa história democrática: o PSD a procurar servir o Estado e o PS a procurar servir-se do Estado.
Segundo exemplo. Em Guimarães o presidente da câmara António Magalhães foi ACUSADO do crime de participação económica em negócio no processo das Hortas (quinta do Outeiro). Nada de novo por estas bandas. Na assembleia municipal o deputado do PSD André Coelho Lima comparou dito caso ao caso freeport (hmm, já repararam que já quase ninguém fala deste caso?), algo que desagradou a Magalhães que se saiu com um "a si não lhe respondo mais". Nada de novo uma vez que já tinha empregue esta tactica com um deputado do PP (Pedro Miguel Carvalho), como se coubesse ao presidente da câmara controlar as intervenções dos deputados munincipais. Este caso é ainda mais caricato porque André Coelho Lima é também o líder parlamentar, o que aumenta a gravidade da falta de respeito do sr Magalhães. E até já levou ao abandono do PSD de uma assembleia municipal, porque o sr Magalhães teimava na falta de sentido democrático. O sr Magalhães tem tanto de cultura democrática como o computador homónimo tem de noções de português correcto. Pena é que o PSD local teime em olhar apenas para o seu umbigo, e tenha escolhido o pior candidato de SEMPRE na história do partido em Guimarães, porque o sr Magalhães bem precisado estava que os Vimaranenses lhe dessem umas lições de Democracia. Quem sabe para a próxima (não ao sr Magalhães que por causa das limitações de mandatos concorre pela ultima vez, mas aos seus pupilos).
Este meus senhores é o triste estado a que chegou um dos partidos pilares da nossa democracia, o que um dia foi conhecido por Partido Socialista e hoje é o Projecto Sócrates.
1 comentários:
A inclusão do traste tecnológico computador Magalhães na PROPAGANDA
do Partido Sociaista revela liminarmente que essa agremiação
inclui acções éticamente inaceitáveis, não tem controle sobre os devaneios autocráticos do
P.M. e com respeito às exigências
do que é permitido em Democracia tem uma visão bem distorcida.
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